Quero uma vida presente sem pacotes coloridos enfeitados de fitinhas mimosas.
Desde então o conteúdo do pacote deixou de ser importante. Passou a ganhar outros nomes, no lugar daquilo que existia de fato.
É uma espécie de fuga calculada. De onde só se sai quando a tormenta passar.
Isto não é autoconhecimento, só medo.
Todos têm medo. Alguns enfrentam, outros aceitam, e outros ainda se escondem tão bem a ponto de não se achar.
Como achar alguém que não quer ser achado? Basta fingir que não está procurando. É uma tática, não um sentimento.
É tudo tão simples..dá um trabalho medonho ser simples.
Os presentes mais geniais prescindem de ornamentos. São os que iluminam sem serem vistos.
Não existe prova da existência. E mesmo assim insiste em se esconder atrás dos papéis mais diversos.
Enquanto todos se deliciam com os papeis coloridos, alguns sabem o que existe dentro da caixa. Um sonho sem dormir.
Meus presentes não serão embalados. A verdade crua é que talvez não exista mais o mistério do pacote. Mas talvez o mistério seja só mais um daqueles ingredientes que nos vendem como fundamental.
A propósito:
Teriam ido ao inferno te procurar. Um milhão de vezes.
Ida e volta. Mas como saber sem chegar ao fim?
Cada vez que a gente reproduz um erro cometido, os diabinhos vibram. O processo humano independe de histórias que se repetem, e só existe até que alguém ache solução melhor.
O fim é o princípio de tudo.
O meio só multiplica dúvidas.
Um comentário:
que presentes cara-pálida? Estou falando de ti!
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