31 de julho de 2008

45

Matei sim…
Mateiiiiii a segunda parte da aula de convergência das mídias. Porque Canseeiiiii...
Se não curto duas horas de ócio por dia...fico exausta. Um luxo, me dou de presente.

Matei também uma cobra, anos atrás, um filhote de coral. Passei propositalmente o cortador turbo de grama por cima.

Meu instinto matador pára por aí..

Transito bem entre a cara de brava e o sorriso. Sem meio termo. Alguns entendem outros passam...Uma pequena estratégia seletiva. Não sou pra todos, nem quero.

O recreio inclui uma dose alcoólica, brincar um pouco e exorcizar por aqui.

Exorcizar=se por na frente das situações, agradáveis ou não, pegar de frente, sem rodeio. Tratamento de choque. Assim me ensinaram, e eu não gostava, ainda não gosto, mas funciona.

Meio dramática, em qualquer momento. Com tudo que existe de bom e ruim. Como libriana nata, a balança não equilibra de primeira...nem sempre de segunda...

Garanto uma coisa, monotonia em pensamento não existe. Inteligência também é uma questão de exercício.

28 de julho de 2008

44

Hoje, tinha pizza de Veneto. Nada pra comer em casa...antes sempre farta, hoje em total escassez devido a rebeldia de super.

Tomei cerveja Schmitt. Sim também sou Schmitt. Quando era pequena a mãe costumava fazer cerveja em casa. Lembro do fascínio pela máquina de tampinhas. Segundo o pai, deve ter aprendido com a vó Schmitt. Na mesma hora deu vontade de aprender, tomar porres homéricos de cerveja feita em casa.

O pai lembrou da árvore genealógica, enquanto eu lembrava da cadeia alimentar.

Custa a gente entender que parte da cadeia alimentar pertence. Na maioria das vezes, acaba por nunca saber que parte tu completa na vida de outros.

Vejo no pai uma pessoa incrivelmente minimalista. Vinhos e livros seriam suficientes.

Paciência em aprender a conviver com a falta. E não se tornar mais um triste no caminho de quem vem. Provavelmente encontrar é que seja o acidente de percurso. Não desistir de saber é o que move.

26 de julho de 2008

43

Tem um ônibus que passa na minha janela, se chama “recolhe”. Não sei de onde vem, só sei pra onde vai.

Me recuso a fazer parte de estatísticas pessoais.
Bobos e suas cornetas estão na lata do lixo.

Hoje na volta, me senti uma estranha na cidade.
Serena. De frente com a maturidade.
Completa, em todos os pedaços.

Do local onde se faz cosquinhas nos conceitos. Minha última sessão terapêutica de filosofia.

“Educação é quando um ser deixa de ser parasita do outro. Quem não está em simbiose é um ser abusivo”

“Quem de tudo se apropria, prepara a sua morte”



" Sim, a escolha é um processo de construção ...É no mistério que a gente transcende..."

23 de julho de 2008

42

Esperei, esperamos. Vi alguém parecido, corri, não era.

Por fim saiu, corria provavelmente das agonias.

Corri de novo, abracei, abracei tanto, queria ter abraçado mais. Até dormir e acordar.

Não consigo imaginar um viajante sem olhar vago, da espera.

Momentos em que até os olhos enganam. Foi assim num abril distante.

Na gana por fugir em mente. Só encontrava com os olhos. Alucinação, já tive. Em abril e depois naquele aeroporto.

Alucinação que dura pra sempre. Uma corrida.

Por mais que pareçam iguais, diferentes. Me apego ao que poucos notam.

Não aprendi a ensinar a magia.

..........

Texto sem data, encontrado num caderninho perdido, que carregava numa bolsa esquecida. Engraçado. mesmo tendo escrito, em algum momento as palavras ganham vida própria.

Se escondem.

20 de julho de 2008

41

Se fala tanto em agressões e impessoalidade que a gente acaba esquecendo o quanto de gentileza existe por aí. De anônimos que não aparecem, nem são louvados por isto. A Vó tem 96 anos, mora sozinha e tenho certeza, deve ser vista aqui no bairro como um personagem de histórias em quadrinhos. Sempre chega para os almoços de domingo falando dos desconhecidos que encontrou pelo caminho. Gente que ela cumprimenta todos os dias, nas lojas, super, no topo das escadas rolantes. Sim, que ajudam ela....tem fobia de escada rolante.

Uma vez, depois de tantas, tentei ensinar como se entrava na escada. Só dizia pra observar os pés e fazer igual. Não conseguia, a fila atrás se formava. Cada um dava opinião. A maioria comentava que eu devia deixar isto de lado e carregar ela pela mão. Tentava argumentar: Precisa aprender! Sim, pra mim ela tem de fazer sozinha. Acabou praticamente pulando atrás de mim. Até que eu explicasse que nem sempre se tratava só de ajudar, teria recebido um ovo recém comprado na testa.

Se ela fosse tratada como uma senhora de 96 anos com todos os confortos da idade, certamente já estaria morta.

Me vejo sempre jovem, jovem calejada talvez. As pessoas vêem no tempo falta de renovação. Ás vezes é, só às vezes..

Estes “alguéns” talvez nunca tenham colocado seus limites à prova, talvez escapem de uma situação difícil, ou simplesmente reneguem se manter integro dia após dia. Sim, só se descobre com o tempo. O resto é chute, de quem joga com a juventude como bem maior. Sinto muito, não é.

A gente acorda sempre sendo testado, como final de campeonato.

A vó faz isto há 96 anos. E mesmo assim até hoje, tenta exorcizar o medo. Por isto é uma garotona que esqueceu dos cabelos brancos. Qualquer um tem muito a aprender com isto.

Ontem dia de comilança...
Hoje dia de chocolate quente na cama...
Em qualquer uma das ocasiões, se vista com o melhor de você.
É assim que eu faço, às vezes alguém percebe, mas o importante ainda é..

Eu percebo.


“Somos o que fazemos repetidas vezes...portanto a virtude não é um ato, mas um hábito.”...frase maravilhosa esta..não me canso de repetir.

18 de julho de 2008

40

Escrevi coisas num caderninho ontem, em 3 horas de sala de espera. Acabou que faziam o maior sentido. Hoje..ainda fazem, mas bateu preguiça violenta. Descobri que os 878 cremes que botava no cabelo não funcionaram. Deixei de usar e imagina, ficou triiii. Mais uma das coisas que quando a gente deixa de adubar, se transformam...

Esta semana tenho me achado o máximo, acontece de tempos em tempos. Sou melhor brigando, praticamente invencível.

Cada escolha uma renúncia, e não adianta desmentir.

O que mudou? Não sei, mas os olhos falam mais...

Vida pobrinha esta quando não muda.. Tem gente assim, andando em círculos. Como eu às vezes. A diferença é que sei, outros não fazem questão de descobrir.

Acima do bem e do mal? Pode ser, mais pra cada um destes tem um diabinho atrás do ouvido tentando enganar...

Se deixe enganar só pelo diabinho, que é mais sabido e esperto que os outros enganadores profissionais.

15 de julho de 2008

39

Botei uma música que remete.
Não depende de um tapinha nas costas.
Depende de mim, mas não tenho a resposta.
O destino tem sua própria forma, que independe de vontades.
Hoje só o que faz feliz é tolerável.
Tem momentos assim.
Que se foge sem olhar pra trás.
O que basta são poucos, que te acompanham sem saber pra onde.

É assim que tenho vivido, reaprendendo, engatinhando, redescobrindo.

Sem garantias pra nada.
A mesma pessoa, com olhar infinito.
Como uma história sem passado.
Quando eu me permitir longe do que foi.
Que queira mesmo sem saber porque.

Talvez nunca aconteça.
Mesmo assim o sol teima em nascer.
Tenho ele pela mão, até que me ensine a seguir sozinha.


(Agora falta alguém escrever a música)

OBS: Acho que minhas unhas pararam de crescer, é normal?

14 de julho de 2008

38

Pessoas que consomem pessoas, que consomem comportamento, que consomem idéias prontas, que consomem o que vestem, o que pensam e até o que devem sentir, pra parecerem legais. Pessoas não consomem dor de barriga, quiçá o resto! Porque a vida é rápida, e não se deve perder tempo...É perder ou ganhar em ritmo frenético, alucinante, desordenado, fingindo coerência e modernidade.

Li a matéria da Márcia Tiburi, (ela deve ter aprendido com os gregos):

“Filosofia é a atenção ao pensamento... Que cuida do que pensa com vistas ao diálogo com o outro.... Isso não é nenhuma garantia de verdade, mas faz avançar a lucidez de que precisamos sempre. Filosofia é saber a fundura da superfície das coisas... Acontece pela organização, concentração, é uma atitude difícil, que exige disposição e uma escolha...”

Esta é a minha terapia, muito engraçado, porque li ontem que o filósofo é o terapeuta do futuro. Hum, já sabia.

PENSAR+ REFLETIR=IDÉIA que é diferente de verdade.

Acho que o filósofo não é aquele que diz o que fazer, mas te mostra como o caminho pode ser difícil e mesmo assim valer a pena.

PS. Vou comprar o livro desta guria..

11 de julho de 2008

37


Outro capítulo das aulas de filosofia. Onde anda a energia pra assistir? Acabo sendo recompensada quando bate o sino das 22h30.

É difícil entender porque algumas pessoas cismam na paz, mesmo que te ofereçam as armas e boas razões para usá-las.

“A razão pela qual não devemos matar, mesmo quando não podemos ser pegos, é que não queremos de modo algum estar junto a um assassino.”

mais difícil é suportar a culpa.

“É melhor estar em desacordo com o mundo todo, do que estar em desacordo consigo mesmo.”

“A dimensão do imediato não é o mais importante.”

No final a conclusão era que a maioria 99,99% preferem consumir do que pensar.(Se consome sorvete de pistache até pessoas, lembra?). Como se a dimensão do imediato fosse o mais importante...enfim foi uma aula cheia de significados. E as idéias ficaram muito mais do que as palavras.

Sou uma criatura solar.
Sol, energia..recomeço..a gente tem a chance do recomeço todos os dias.


9 de julho de 2008

36

Resolvi passar por aqui.. porque quando comecei este blog, tinha resolvido duas coisas. Primeiro que seria só meu...o outro não era (e não pretendo explicar). Segundo, que poderia dizer besteira, mas atualizaria pelo menos uma vez a cada dois dias.

Semana corrida como as últimas.

Tanto.
Francamente.

Palavras que usava muito, e que alguém me fez lembrar. Hoje: Nenê. Curto e carinhoso...as pessoas passam tão rápido, que até baixar o fio terra, lembrar do nome, e de quanto é querido...já tinha feito as compras no super, visto e-mails, e levado o cachorro pra mictar! Vida breve. Chegou, passou, é isto. Tentando me adaptar ao mundo. Quem sabe alguém ainda descubra que bom mesmo é assim, tranqüilidade nem sempre é lerdeza, nem burrice, desfrutando o prazer. Sempre ando rápido, com mais tempo nas paradas.

Boo...como diria meu sobrinho.

Coisas boas, ganhar causa “justa na justiça”, ver a festa dos 100 anos do All Star
...fazer sorrir e gargalhar...

Tudo isto aos trancos e barrancos. Em homenagem, tenho dito muito PIIIIÇ,,,,,,A...

Não me pergunte a razão, mas xingar é meu exercício de libertação pessoal. Tem coisas que só se faz entre amigos. Amigos de verdade. Amigo irmão....que tem por costume pegar na mão e falar nos olhos. Não é paquera, só prazer no reencontro.

6 de julho de 2008

35

Às vezes te fazem um monstro, por erro de cálculo ou outra intenção. Pouco importa a intenção já que não é verdade...Em algum momento o “pré” conceito se torna conceito por experiência própria.. Em algum momento, a idéia vira movimento, som, sorriso, idéias, e o fantasma..puft!!!

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Situações comparáveis a um cachorro, tentando alcançar o próprio rabo. Quase, mas nunca chega. Não porque as respostas não existam ou não sejam necessárias. Mas porque ninguém nunca parou pra pensar que elas talvez não estejam ali.
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Muito cara esta coisa do táxi pra zona sul. A rota dos bares virou artigo de luxo, ou caso de polícia.
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Ei você ai, continuo monstro estranho? Sempre vou abrir a porta com um sorriso...o que é medo pra alguns, pode ser só estimulante.

3 de julho de 2008

34

Não tiranize a racionalidade, a menos que queira ser visto numa balança como peso sem valia.

Você é um que usa a persuasão?
Você é um que doutrina?

Existe uma vaga para bobo na corte, e mais de milhão de candidatos. Sim, fui à terapia! Filosofei, pensei e não cheguei à conclusão alguma. Talvez só a de que pessoas que não fazem escolhas, que procuram os caminhos mais fáceis, são as que chegam até a esquina, e geralmente só pra enxergar o que querem.

Bem....cheirosinha está a casa,
Bem....bem,


Tem gosto de ternura.
Cheguei atrasada, mas tem tempo..

1 de julho de 2008