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Isto eu escrevi em 2 de janeiro de 2008, e poderia ter sido hoje, porque penso exatamente igual. Quando tudo falhar meu plano B é ir pra algum lugar esquecido como voluntária. O plano C é aprender a escrever...Ler e refletir em algum lugar também perdido no mundo. O certo é que vou me perder. De algumas certezas que tenho na vida: Filosofia não envelhece.

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E graças a DEUS chegou 2008. Não gosto de nomear DEUS. Não por dizer em vão. Mas porque é a gente que faz as escolhas. Botar em nome de DEUS é como se eximir de culpas ou méritos. 3 DEUS NUM PARÁGRAFO! Agora 4. Acredito em gente, antes de acreditar em DEUS.

5.

Vi estes dias um filme chamado CONFIDENCIAL. Sobre como foi escrito A SANGUE FRIO de Truman Capote. Apesar do meu amigo Carlos não ter assistido e já odiar, amei.

Tem um final lindo, onde uma amiga de Truman, que obviamente não lembro o nome, resume o processo de um escritor, e por conseqüência de seres criativos.

Nas minhas palavras:
O escritor que entrega a sua alma a uma obra morre um pouco a cada livro. É como se tivesse uma cota pra cada um, e ali ficasse um pedaço imortalizado. Disse também que a gente não escolhe a quem amar, é como ser refém, sem escolhas. Por isto ninguém pode ser criticado pelos seus amores.

Me sinto assim, refém, menos pulsante a cada entrega. Como se parte fosse embora. Até virar palavras do passado, pra se construir o futuro de outro..

Droga, no filme o texto era infinitamente melhor...então melhor assistir.

Nunca tive uma infindável agenda de pessoas que amo. Sempre tive pessoas pelas quais daria literalmente qualquer coisa pra ver sorrir. Poucas estavam à distância de um abraço. Passei a virada com algumas, que se dispõe a estar presentes pra sempre.

Sempre é uma palavra forte. Adoro sempre, repito sempre sempre. Nunca em vão. Quando eu falar sempre significa pra sempre. Movo montanhas pra manter o sempre. Respeite meu sempre, porque ele tem o real significado do dicionário, mesmo que mude o tempo, o lugar. Tem coisas pra sempre, por mais que só poucas pessoas acreditem. Faço do meu sempre um pouco de arte, e por isto, cada vez que repito, me entrego e perco um pouquinho de mim.

O sempre no real sentido filosófico das idéias. Não o emburrecido sempre, como coisas imutáveis. O sempre evolui e cresce. Sim sempre cresce, a idéia fica maior do que o autor. Quando isto acontece, talvez seja hora de ir embora. Mesmo assim o teu sempre permanece. O sempre te escolhe. Só resta a você carregá-lo enquanto viver. O Sempre é imortal.

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Diria eu hoje, o sempre é o desejo de que seja imortal. De certo mesmo, só palavras podem ser imortais, e a gente escreve pra que se transforme num documento, que possa ser consultado, que atravesse anos. Por isto gosto do que está escrito, é a forma de dizer para os outros que não é da boca pra fora.

A verdade é que cada um usa as palavras como quer.

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Ai do nada, no meio da janta numa mesa lotada pergunto: Tu confia em mim? Nem que não, nem que sim...abre um sorriso e diz: Completamente!

São 20 anos de amizade numa palavra. E nem sabia a razão da pergunta.

Mais importante do que a palavra, é a intenção que se diz. As vezes precisa simplesmente crer. E é ai que tenho fé. Não é uma questão de religião....não sou um monte de coisas que as pessoas são. Sou outras tantas, nem piores nem melhores..cada um é particularmente perfeito. Crer em alguém pode salvar.

Intenção: Porque existe algo que nenhuma mensagem escrita ou falada por si só é capaz de explicar. Algo que precisa ter um entendimento que nem sempre é da própria natureza. São flechinhas nos dois sentidos.. ideias, conceitos, situações sem manual.

E crer é uma das palavras mais bonitas que existem, assim como fé. E as formas mais lindas do uso delas,  nunca tiveram relação alguma com religião.

Obrigada Alice por ter tido fé em mim, no momento que eu precisava, quando eu mesma não acreditava.

O nome disto? Não sei, ainda não inventaram.

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hoje concluí que "nada"é uma palavra feia....que falta de paladar emagrece....também concluí que gente previsível não é legal..que várias coisas que as pessoas amam, eu odeio...que deveria voltar a ter música na minha vida! que os anos não te fazem necessariamente melhor... que estabilidade não significa maduro..que instabilidade é a base pra te fazer crescer..que meu gato Cao é o ser que mais me ama neste mundo....que preciso mudar...que odeio com todas as forças preconceito...que cansei de ervilha....que até hoje nunca joguei um celular na parede mas queria..

não, eu não tinha nada pra dividir...não em palavras. hoje vou ali, falar com aquela lua que sequer é cheia..mas como todo mundo só quer o melhor de cada coisa..tenho certeza que por isto a minguante vai ter mais tempo pra mim...

é muito fácil amar a lua cheia..quero ver gostar das outras também...o que faz ela não estar cheia todos os dias é uma sombra. o mais incrível é que mesmo sem a gente ver, ela é redondinha todos os dias..

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Uma obviedade fora das 4 linhas. Aliás só existem obviedades dentro delas.