28 de dezembro de 2014
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16 de dezembro de 2014
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Pra que escrever algo sobre o assunto, se tem alguém que escreve muito melhor??
16/12/2014 | 05h03
O fofoqueiro não nasce levantando o gancho do telefone para ouvir a conversa alheia.
O fofoqueiro não nasce captando o que se fala atrás da porta.
O fofoqueiro não nasce fazendo perguntas indiscretas para depois passar adiante.
O fofoqueiro não nasce na janela do condomínio prestando atenção em quem entra e sai no prédio.
O fofoqueiro não nasce registrando os papos paralelos nos restaurantes e bares.
O fofoqueiro não nasce no salão de beleza, no supermercado, nos corredores dos shoppings.
O fofoqueiro não nasce no churrasco dos domingos.
O fofoqueiro não nasce ao espalhar o que não tem certeza.
O fofoqueiro não nasce de sua maldade na escola, da língua solta no recreio.
O fofoqueiro nasce muito antes. Muito antes.
Descobri quando nasce o fofoqueiro, o exato instante em que ele vem à tona, o momento em que sua alma solitária passa a ser enxerida, em que perde a admiração pelo respeito e silêncio e torna-se um agente do ruído.
Quando seus pais deixam o filho dormir no meio deles.Quando os pais permitem que seu filho durma por longo período na cama de casal. Quando seus pais não colocam o filho de volta para seu quarto, sensibilizados pelo medo ou pela chantagem emocional. A criança aprende que pode se meter na vida dos outros.
É autorizada a estar infiltrada na intimidade, apropriando-se do que não é dela. Não recebe nenhuma negativa para estabelecer limites. Age pelo impulso da emoção, inconsequente, pois seus caprichos acabam atendidos com rapidez.
Ficará eternamente confusa sobre onde começa e termina sua liberdade. Pois toda casa é seu berço, todas as pessoas são influenciadas por ela.
Não diferencia o coletivo do particular. Percebe que a manha é uma moeda e que mentir sempre funciona para conseguir o que quer.
Não é inspirada a respeitar os espaços, a consolidar sua solidão, a manter seus segredos e territórios da imaginação. Por mais bem-intencionado que seja o acolhimento, é um convite para a especulação emocional.
Num simples ato de aceitar que o filho não descanse em seu quarto, validamos que seja penetra das confidências.Tem um passaporte para chegar a qualquer hora, a qualquer momento, e interferir nos acontecimentos.
Acostuma-se a não ter um lugar, e assumir papéis que não são seus.
O fofoqueiro é o resultado da insegurança dos pais.
11 de dezembro de 2014
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21 de outubro de 2014
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O texto é de walcyr carrasco, e representa muito bem o que acho. A sociedade não é só chata, walcyr, é rasa e malvada.
...
Minha cachorra Luna me faz pensar. É uma husky siberiana branca, com incríveis olhos azuis, capaz de me despertar desejos de liberdade. Observar a maneira como Luna se relaciona com o afeto funciona mais que terapia. Dia desses, um amigo veio me visitar. Alto, bonitão, adora cães. Mal entrou pelo portão, Luna correu a seu encontro abanando o rabo. Deitou no chão e ergueu as patas, exibindo as partes íntimas. Meu amigo adorou. Passou um bom tempo coçando a barriga de Luna, fazendo carinhos. Ambos, felizes.
Pergunto: quando você se interessa por alguém, é capaz de se atirar no chão e se oferecer tão completamente, de patas, digo, braços, abertos? Olhar com aquele jeito pidão que diz:
– Quero carinho! Quero carinho!
Duvido que você já tenha feito algo parecido. Eu nunca, com certeza. Nós, humanos, gastamos horas de papo para descobrir afinidades. Conseguir um cafuné – algo semelhante a uma boa coçada em orelhas caninas – pode demorar séculos! A atitude franca, direta, de minha cachorra, não é melhor? Ganha tempo. Evita longas discussões sobre relacionamento. Vai diretamente ao ponto, sem exigências de compromisso. Meu amigo, depois de muito carinho, entrou em casa. Luna partiu aos saltos, satisfeita. Qualquer cão, macho ou fêmea, age igual. Entrega-se totalmente. A não ser cachorros bravos, que atacam e mordem desconhecidos. Mesmo esses não têm nenhum pudor em pedir carinho aos mais próximos, em abanar o rabo, quando interessados em algum relacionamento. Ou cheirar o traseiro do outro, se o interesse é entre eles mesmos, cães.
Cães são assim. Sem exigências como DR, união estável e, que alívio, sem partilha dos bens. Nesse item, também são sinceros. Tente arrancar um osso da boca de um cachorro, por mais amável que ele seja. No mínimo, mostrará os dentes, rosnando.
Cães são fiéis nos sentimentos, é o que mais importa. Mesmo quando passam necessidades, até fome. Já vi moradores de rua dormindo, enquanto seus vira-latas montam guarda, fiéis. Quantos relacionamentos humanos não terminam porque alguém fica desempregado, sem grana?
O pior é nossa falta de espontaneidade. As restrições sociais impedem alguém de se atirar ao colo de alguém só porque tem vontade. E também de saber aceitar a rejeição, como o cachorro que se retira, de orelhas caídas, para logo em seguida achar outro colo e se atirar novamente. Faz pouco tempo, estava numa festa. Na poltrona ao lado, uma desconhecida conversava com amigos. Tinha um pescoço lindo. Vou ser sincero: eu queria dar uma lambida naquele pescocinho. Mais nada, pelo menos no momento. Só uma simples e honesta lambida. Que aconteceria se eu me aproximasse e lambesse o pescoço da desconhecida? Um escândalo. Gritos. Seu namorado me esmurraria. Alguém pensaria em me internar. Diriam que sou desequilibrado. E, no entanto, só queria dar uma lambida.
Se eu fosse um cachorro, bastaria me aproximar e lamber. Ela adoraria. O namorado até coçaria minhas orelhas. Fico pensando: quando perdemos a maneira franca e direta de estabelecer um relacionamento, como fazem os cães? E outros animais, é claro. Leão não precisa cantar leoa. Macaco agarra macaca. Abelha pega o zangão – mas essa é uma história com final trágico, em cujo exemplo é melhor não me espelhar.
A verdade é que, quando somos crianças, ainda temos algo dessa espontaneidade mamífera. Uma criança é capaz de abraçar alguém que vê pela primeira vez, só porque gosta. Quando quer colo, pede. Sem culpa. Até essa atitude, considerada normal há algumas décadas, tornou-se suspeita nos dias de hoje. Certa vez, num livro americano, o personagem evitava passar a mão nos cabelos de uma garotinha simpática, por medo de ser acusado de pedofilia. Hoje em dia, em países como os Estados Unidos, evita-se até mesmo pegar o elevador sozinho com uma criança. A maior parte das pessoas tem vontade de abraçar e beijar uma criança por afeto, simplesmente. Devido a uma minoria doentia, até esses gestos de carinho puro passaram a ser evitados.
Na infância, a gente aprende que não pode correr e abraçar qualquer pessoa, expressar afeto espontaneamente. Abanar o rabo, como minha cachorra Luna – de forma figurativa, faço questão de frisar.
Chamam a isso polidez, educação. Normas de uma vida civilizada. Em certas ocasiões, bem que eu queria dar umas lambidas por aí. A civilização é realmente muito chata.
16 de outubro de 2014
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26 de maio de 2014
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O que você poderia dizer agora de bate-pronto? Não conferi a mega-sena e ganhou uma aposta do RJ, portanto..ainda pode ser eu. E outra, não fale nada pelo impulso só pra se livrar do problema mais rápido. Pessoas como eu vão pensar que isto é o que você pensa do fundo do coração. E pior do que se sentir magoada, vou me sentir esquecida.
De onde você tirou isto? Já me senti assim. E foi ruim, e não sabia que era da boca pra fora..e me partiu em dois..Talvez seja a inocência definitivamente me abandonando..
Você está triste agora?? Não caraleooo!!!! A gente diz coisas pela inspiração..só isto. ;))) talvez seja só retardada, aqui..falando sozinha..
5 de maio de 2014
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Queria até mesmo aprender a ser indiferente. As vezes isto deve fazer um bem danado, mas também me faria não ficar tão feliz pela mesma segunda vez.
As vezes o que te faz ser diferente, é exatamente a razão pela qual te querem distante. E querer distante é só uma forma muda de expressar o não querer.
Tive um fim de semana incrível, com quem me aceita. A vida as vezes é só uma matemática simples.
Preciso reaprender a contar.
21 de abril de 2014
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olha o Júlio ai... |
20 de abril de 2014
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7 de abril de 2014
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2 de abril de 2014
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1 de abril de 2014
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Você vai morrer amanhã. num horário idiota, 21h. Antes da novela, durante o jornal nacional, portanto.. azar o seu, pouco importa se é notícia ou não. Não será manchete do horário nobre.
Com quem você gostaria de falar? Vou excluir família, laços de sangue. Este teste não é válido pra cunhados e partners.
Vai lá, quem são as pessoas que você gostaria de dizer algo? Faça a lista. Não vale gerentes de banco nem advogados…estamos falando de relações humanas. Azar o seu, querer tudo resolvido…até quem vai rezar a missa. Não adianta ser prático! Isto só funciona em vida..Suponho que já exista um testamento completíssimo, que você incluiu até a mulher simpática da lavanderia..
COM QUEM VOCÊ GOSTARIA DE FALAR?????????????
Sabe, estas pessoas, desta tal lista, são seus amigos. Pouco importa se são chatos, metidos ou não gostam de você. São as pessoas que VOCÊ escolheu pra viver e compartilhar.
Tenho uma boa notícia.
Você provavelmente não vai morrer amanhã.
Mas está perdendo tempo…e é muito metido, achando que nenhum mal o atinge..
pois é…
Você está na minha lista de pessoas burras.
31 de março de 2014
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a desbravadora Clara |
A pequenininha Frida |