Aprendi a cuidar de coisas vivas com os 8.738 animais de estimação
que tive. Eu fui alguém que durante boa parte da vida, vivi num sítio rodeada
de cavalos, vacas, coelhos, gatos, cachorros, hamsters, capivaras e até macaco.
Aprendi o que era morte quando meu macaquinho sagui mico morreu no inverno. Mas
bem antes disto, aprendi o que era vida...muita vida! De diferentes formas, e
que a gente tinha que ter respeito e cuidado com todas. Depois disto foi minha
avó, que cuidei muito nos últimos anos, e que passei o bastão lindamente pro
meu irmão quando mudei de cidade. Deu trabalho, mas eu sabia o caminho. Hoje
continuo aprendendo o processo da vida com Tina, Ruan e Cao, meus bichos
domados pelas minhas experiências, cada qual com seu instinto e vontade. São
muito diferentes. Posso fazer uma tese de como um bicho tem personalidade própria,
e é sim, como criança, fruto da convivência da gente.. Tina tá bem velhinha,
está na curva descendente, e quem conviveu com seres mais velhos, sabe que é
assim mesmo. Hoje, depois de 11 horas de trabalho, passo no mercado pra fazer
comida especial pra ela, porque senão não come. É assim, não é favor, é dever
de ser humano, de amor e de pessoas que assumem suas responsabilidades. Aprendi
na infância que deveria ser assim, e que é este é o significado de tudo, antes
da cortina fechar pra abrir outro espetáculo. Entendendo cada momento,
sem pular as partes difíceis. Existe beleza nisto também.
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