14 de novembro de 2014

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Revi o filme A Menina Que Roubava Livros. Li o livro, vi o filme e voltei ver. É como O Pequeno Príncipe,  sempre um sentimento diferente. A parte mais incrível é quando a morte fala das almas leves que trouxe pra junto de si. Alma leve, sempre me considerei uma. Vejo assim: Não deixar nada pra trás, problemas a resolver, seguir sentimentos antes de qualquer interesse.

Não me considero mais uma alma leve, porque tenho muito a resolver, a falar, me fazer entender...e isto me atormenta. Tenho seguido sim aquilo que acredito, continuo sendo leal até o último fio de cabelo, mas não é isto.

Conheço algumas almas leves, mas as vezes são leves por falta de consciência coletiva. Tem que entender aquilo que faz bem a mais gente do que a si mesmo. E não é da boca pra fora...não é mesmo.

Não é um defeito grave a infantilidade ou egocentrismo se você foi criado encarando isto como perfeitamente aceitável.. É errado não ir avante! Eu não só não tenho mais 12 anos.

Lamento profundamente a visão estagnada do mundo, aqueles que se limitam a seguir exemplos errados, quem vê só a superfície, quem não muda conceitos. Existem aqueles que vivem da energia dos outros.

Preguiça é o nome do caminho mais curto e o riso barato.

Não sou assim, mas também não sou mais uma alma leve. 

A principal qualidade talvez seja não cansar de ir..ir...só ir, e aprender.  Acostumei a ter uma visão particular da vida, me aceito assim...mesmo que tenha de romper barreiras que passam pelas minhas próprias limitações....É o mais difícil..

Enquanto isto alguns passarão anos a fio garrados na saia da mãe pedindo colo.. e estarão assim até a mãe se cansar de tal chatice...

.....Não, eu não sou digna de pena, graças a deus, sou digna e ponto. E por isto talvez não ganhe abraços ou sonhos fáceis. Talvez não ganhe nada que tenha números ou possa ser tocado, talvez só meu sono tranquilo mesmo sem ter mais inocência de ser criança.

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