20 de maio de 2009

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Na vida às vezes preciso dar o chocolate na hora certa, mesmo que o médico diga não...o chocolatinho torna doce o que pode ser o último dos prazeres. Que o último seja doce. Pode ser longo, pode ser curto. Se ainda pode, basta.

Pensei em escrever durante a madrugada..na última das duas madrugadas do sono estranho. Mas o pesado vem antes do leve, me avisaram, então é por esperança que se escreve. Não do tipo de esperança resignada, a melhor, da que se sai pra batalha.

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Por motivos que não cabem aqui, tenho horror a comparações. Parece unanimidade comparar, procurar igualdades nas experiências, pessoas que se parecem, fatos que se igualam, tornando tudo parecer óbvio. Quando não são.

Convivi com isto e desde muito cedo, me dei conta que o realmente interessante, é único..

Na minha amostragem de vida nunca achei duas pessoas iguais, nunca procurei duas pessoas iguais. Achava, se parecem iguais é porque meu senso de observação ainda não tinha atingido o grau máximo. Me fixava..Remoia, procurava, até encontrar.

Disto surgiram muitas pessoas não só especiais, porque todos são, mas aquelas pra vida, o grau máximo que se possa querer pra alguém.

Surgiram também aqueles que não te tornavam especial, por falta de observação, ou que achavam a comparação um modo mais fácil de explicar.

Estes saíram. Se eu sou capaz de encontrar o não óbvio, o outro também, e daqueles pra vida, se espera sempre a batalha mais dura, o melhor.

Na minha filosofia, e talvez só agora consiga explicar mais claramente, só a diferença faz a diferença, os iguais se anulam, e assim deixam de somar.

Tem um personagem que explica muito bem isto, se chama Don Juan de Marco....e não porque no cinema tenha sido Johnny Depp...mas porque ele era capaz de fazer cada ser especial.

Então não me venham com comparações. Elas empobrecem o mundo e a alma. E se alguém não encontrou o que difere, é porque não sabe ou porque não fez disto importante.

Por mais que eu ache alguém infinitamente único, não existe ninguém que valia a pena, se também não perceber o que difere e se completa em mim..

Perco tempo procurando, não aposto na loteria.
E pra você..quem sabe um dia (por sorte) apareça.Definitivamente, não acredito nos que acreditam em sorte.

Eu continuo aprendendo. Sempre.

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