27 de agosto de 2009

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Sim eu sei.
Não posso dizer quem,
Mas posso dizer que vem de um talento que não tenho.

A forma certa é identificar os talentos e dividir eles com os teus.
Ninguém é completo a ponto de precisar sozinho.
Precisa ser honesto e humilde. Humildade daquelas que provém da complexidade de conhecer teus limites, e onde a continuidade depende de outras mãos.

Aprender a reconhecer a arrogância. Não a do tipo comum, mas aquela que te impede de encontrar possibilidades.

Sim, existem outras formas, que nem sempre te deixam a vontade com o mundo. Mas é onde se sente e se acredita antes mesmo de pensar.

Não existe papel que não caia, quando é você que conta mentiras aos teus ouvidos.
Sim eu sei, e de outras...

O futuro conta a própria história.
Mas ele ainda não aconteceu.

Deixo então, que faça seu trabalho.

2 comentários:

Telejornalismo Fabico disse...

*



estranho ver que uma pessoa conhecida tem nuances não imaginadas.

na verdadde, somos ingênuos em não conceder ao outro o direito de ser outro, outro que a gente desconhece. pelo simples fato de que guarda na memória lembranças estáticas como fotos: ligadas a um momento, a um sentimento, a uma diferença. algo que o tempo vai esmaecendo, suprimindo uma parte do cenário aqui, a vivacidade de um sorriso ali, a intensidade das cores acolá.

não sei por qual descaminho encontrei teu blog. cheguei em casa e entrei no pc rapidamente apenas pra ver se tinha recebido um mail e, quando percebi, já tinha lido muitos e muitos posts: confissões em forma de poesia, vida em forma de narrativa. sentimentos intensos que aprisionam como tentáculos, sempre obrigando a ler mais um.

confesso que não tentei resistir. em um vídeo, ouvi tua risada há muito perdida - mas ainda reverberativa. em comentários, encontrei palavras do carlos não visualizadas desde quando sugadas por um buraco negro.

duas décadas passaram e somos outros aos olhos de quem não compartilha o cotidiano: a intimidade cessa, a presença tem algo de estranheza e as histórias pertencem a outras gentes.

mas lá no fundo, algo ainda pulsa. e se regozija com a certeza que de fotos não aprisionam complexidades. muito menos a vida.




*

joice bruhn disse...

Como são boas as vivências que te fazem melhor. Por mais difícil que seja num primeiro momento. A maioria escapa, rotula e esquece, acreditando não existir mais nada a ser descoberto. Acho que até estes um dia descobrem. Talvez nossa maior conquista seja a eterna curiosidade em procurar sempre, não desistir. Dando a cara pra bater..teimosia, que as vezes é qualidade. Somos os mesmos, num ângulo mais amplo! Chorei e sorri no mesmo instante.