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Substituo o iphone por uma moleskine vermelha que uma vez comprei com o Thiago nos idos do ano passado. São os recortes da vida...lista de supermercado, fones de gente que nunca liguei, de gente que foi pro céu..bilhetes de amor de uma noite..e algumas fases de devaneios longe de um computador. Tudo faz parte da vida, os recortes..entre outras coisas achei isto.
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Foi numa fria noite de inverno, que o amor e a paixão se encontraram. Transformaram tudo, tudo que tocavam, e tocavam tudo. Sinfonia de duo.

Foi numa tarde ensolarada, talvez a mais quente do ano, que a paixão foi embora. Precisa ir, porque só o amor não bastava. Queria mais, queria transformar em verão todo o frio que lhe encobria.

O amor então se deixou. A paixão, de paixão em paixão se procura, sem entender o que lhe falta...lhe falta paixão de saber o que existe, de entender o que lhe falta, é a parte que o amor lhe completou, que mesmo sem querer deixou.

Todos se foram, pelo excesso de um e de outro. Ou talvez pelo vazio que só transformou seu nada, em vácuo.

Não sei dizer onde anda a paixão, só o amor. Porque continua a espalhar sua história pra que em outra paixão nunca mais se engane.

Paixão, o frio que lhe encobre é só porque ainda não sabe quem é o amor.
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hoje rasguei a última página da moleskine, pra oferecer a dois italianos o fone do sushi do Kléber...

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Meus dias ainda são preenchidos pelo horário de visita na UTI...acho que um dia todos vão passar por isto, sem nenhum preparo, porque não exista quem ensine.

Antes de ser doce precisa existir força..e vem pra quem aprendeu a não desistir. Por incrível que pareça tá tudo bem. Eu e a moleskine continuamos contando muitas histórias.