23 de julho de 2008

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Esperei, esperamos. Vi alguém parecido, corri, não era.

Por fim saiu, corria provavelmente das agonias.

Corri de novo, abracei, abracei tanto, queria ter abraçado mais. Até dormir e acordar.

Não consigo imaginar um viajante sem olhar vago, da espera.

Momentos em que até os olhos enganam. Foi assim num abril distante.

Na gana por fugir em mente. Só encontrava com os olhos. Alucinação, já tive. Em abril e depois naquele aeroporto.

Alucinação que dura pra sempre. Uma corrida.

Por mais que pareçam iguais, diferentes. Me apego ao que poucos notam.

Não aprendi a ensinar a magia.

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Texto sem data, encontrado num caderninho perdido, que carregava numa bolsa esquecida. Engraçado. mesmo tendo escrito, em algum momento as palavras ganham vida própria.

Se escondem.

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